A palavra tem um poder imensurável.
Pelo menos na cabeça das pessoas. Dizer que não se importa todo mundo diz, mas no fundo é bem diferente.
As palavras afetam sim, principalmente, pessoas que estão vulneráveis, em guerra com a depressão, ansiedade e inseguras. E pior: as pessoas maltratam as outras a troco de nada. Nada mesmo. Porque não gostaram do jeito, do cabelo, da roupa e até de uma coisa que outra falou em um determinado momento e jamais foi confrontada. Não faça isso. Você não sabe pelo que a pessoa está passando. Você não sabe o quanto pode influenciar uma pessoa que tem tendência a ficar deprimida, a entrar em modo de autodestruição, que tem baixa autoestima. E esse é um dos motivos pelos quais as pessoas que estão nessas situações permanecem nelas por muitos anos, mesmo com terapia, mesmo com medicação, mesmo com pessoas que as amam ao seu redor. Porque uma crítica infundada e desnecessária, uma palavra mal utilizada, em tom de deboche, tem um peso muito maior do que mil elogios.
Os transtornos que envolvem a mente não são levados a sério como deveriam. São tratados como frescura, falta do que fazer, falta de um namorado, falta de um emprego ou qualquer coisa que justifique o abismo que a pessoa está prestes a pular, o fundo do poço no qual se encontra, sem nem ela mesma entender por quê. Mas a verdade é que não são necessários motivos concretos. A única coisa que pode desencadear uma crise é nossa mente e os fatores externos são um agravante. Porque cada um é diferente, cada um é afetado de uma forma, por algo, específico ou por um conjunto de coisas que dentro da cabeça faz muito, muito sentido, ao mesmo tempo que não faz nenhum.
As enfermidades psiquiátricas são as que mais crescem, não só no Brasil, mas no mundo. O mal do século XIX era a tuberculose. Enquanto, hoje, não lutamos contra uma bactéria, mas, sim, contra nossa própria mente.
Então, se pretende usar a palavra, use-a com responsabilidade. Use-a sem julgar. Use-a para ajudar.
Se não for para isso, então o mais sábio é calar-se.
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